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Uma carta solitária, escrita com lágrimas, que não carecia ser escrita...


É difícil escrever estas palavras, na verdade, talvez seja mais dolorido que propriamente difícil, pois o que relato aqui, não é história nova, pelo contrário, é o homem trilhando o mesmo caminho surrado de uma história que nasceu pra ser gloriosa, que com certeza nasceu para ser redentora, para servir de inspiração a aqueles que vão se aproximando do conhecimento dela, mas que pelos passos dos homens se tornou sombria, vergonhosa, desventurosa. Mas essa história também deve servir de inspiração, para enlevar aqueles que de alguma forma deixaram de perceber a beleza do caminho. Estes às vezes precisam ser acordados; então que acordem deste sono letárgico e voltem a contemplar e ser inspirados pela verdade maior.

Cansamos, desfalecemos...

Porque ainda agora levantam a voz contra nós, meros mortais, simples servos, pequenos andantes do caminho do Senhor. Porque nos levam a paz dos dias de labuta, já não nos basta o árduo trabalho de cuidar e amar pessoas, de lutar até quase desfalecermos para que os pequenos encontrem a luz do Pai das Luzes, a bondade filantrópica redentora do Cristo Vivo, a compaixão ao próximo, ao render suas vontades a vontade de Deus, ao negar as paixões inebriantes desta terra para então encontrar a paixão perene que enaltece...

Sim nos levam a paz, por meio de palavras e acusações. Como gostaríamos que elas não ferissem, mas são poderosas, as palavras são os frutos audíveis da língua, perigosa língua, como alertou Tiago: “Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva!” Isso mesmo Tiago, somos incendiados, somos assolados pelo homem, por sua ganância, por suas crenças humanas ditas divinas, os mesmos que desconhecem a sublimidade de Deus, do Deus vivo autor da GRAÇA. Do Deus perdoador descrito por Jonas. Ou, até que soe profano(minha tentativa ingênua de mostrar que as aparências enganam), desconhecem a postura desconcertante do Deus homem, a saber, JESUS CRISTO, descrito assim no Evangelho de Mateus capitulo 11 verso 19 “– O Filho do Homem come e bebe, e todos dizem: “Vejam! Este homem é comilão e beberrão! É amigo dos cobradores de impostos e de outras pessoas de má fama.” Porém é pelos seus resultados que a sabedoria de Deus mostra que é verdadeira.”(o grifo é meu)NTLH. Esses homens não reconhecem a atitude de Jesus o Cristo que está além dos limites do entendimento do homem legalista, das proporções humanas, mas que deveriam ser para nós seus servos, parâmetro inerrante dos perigosos caminhos que deveríamos percorrer para demonstrar a grandeza do seu Reino.

Somos nós os feridos, embargados pelas lagrimas, solitários entre os confusos sentimentos de revolta e medo(medo que a verdade seja encoberta de alguma forma), que conseguimos enxergar através do fio da espada que mira nosso peito, mira nossa alma, o que Martin Luther King Jr, quis dizer “É justamente essa coalizão de um poder sem moral com uma moral sem poder que constitui a maior crise do nosso tempo”, o que faremos diante deste dilema, enfrentar, aquiescer... Sabemos lutar contra o Diabo, o inimigo de nossas almas, com suas setas inflamadas, mas o que fazer quando o perigo, o desamor vem das “fileiras amigas”. Hoje resolvemos não nos calar. Não clamamos para sermos salvos, mas para permanecermos servos, centrados na palavra. Clamamos MARANATA, para que o Senhor venha julgar a nossa causa.

Chamados indiscriminadamente de seita, porque será? Confesso que sinto um certo orgulho ao ouvir este tipo de injuria, pois lembro de imediato que foi exatamente assim que falaram a respeito de Paulo e sua crença em Jesus Cristo o Nazareno(Atos 24.5, 14, 28.22). Mas, quanto aos pequeninos, jovens na fé, que se confundem, que se penalizam, se perdem - Não conseguimos entender. Entendemos menos ainda, quando as vozes se levantam do nosso lado. Sofremos alvejados por fogo amigo, por isso a dor tem requintes malévolos. Porque Senhor? Quiçá, por nossa forma de vivenciar a igreja? Buscamos o caminho de agradar a Deus, mergulhando na palavra, será isso um erro?. Ser igreja é algo simples ao apreciar o Novo Testamento, não é algo extremamente elaborado como muitos imaginam ou pintam, pois Jesus enuncia assim o cumprimento dos seus mandamentos, e só é dá família de Jesus, por assim dizer sua igreja, quem cumpre os mandamentos do Pai como deixa claro Mateus 12.50 sintetizado por Jesus em Marcos 12:33 da seguinte forma:“e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios.” Que encontro grande pertinência ler acompanhado de 1 João 4:20 “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” Palavras que me ensinam que tenho coisas a cumprir e uma forma de agir. Essa tem sido a nossa busca constante, cumprir as ordenanças e aprender a amar ao próximo; se já chegamos lá? Claro que não, mas perseguimos este alvo. Poderíamos enumerar sistematicamente toda a construção eclesiástica que nos constitui, mas como já dito, esta é uma simples carta, não um compendio teológico, e que não tem o fim de autojustificação, mas de abrir o peito e se mostrar, mostrar o que somos, não aquilo que querem nos fazer parecer, ou aquilo que não cansam de injuriar-nos. “Chega a hora em que as pessoas se cansam de ser alijadas do brilhante e vívido sol de julho e abandonadas ao frio de um novembro alpino” disse Luther King certa vez. Estamos nos mostrando ao sol.

Muitos podem ler esta carta como uma resposta, mas o grande desejo contido nestas linhas, e muito mais em nosso coração, é clamar a Deus. Clamar ao Senhor Jesus que venha sobre nós, que tenhamos força para olhar o exemplo fidedigno de Estevão em Atos 7.54-60, e tenhamos coragem e força, é claro, provenientes do céu para agir como ele, exatamente como nos versos 59 e 60 que dizem assim: “Enquanto eles atiravam as pedras, Estevão chamava Jesus, dizendo: —Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Depois, ajoelhou-se e gritou com voz bem forte: —Senhor, não condenes esta gente por causa deste pecado! E, depois que disse isso, ele morreu”. Hoje talvez não sejamos tão fortes, mas no caminho sonhado por Deus para nós, teremos essa condição, condição de divinizar os atos humanos, trazendo o Reino de Deus a nossa esfera de igreja, a nossa realidade vivida diariamente.

Não nos envergonhamos de ser Filhos de Deus, mesmo que tenhamos de ser diferentes, diferentes do mundo, diferentes de uma igreja mundanizada, de uma igreja profissional. Queremos ser apenas filhos, ISSO NOS BASTA.

Pastor Jacy Gonçalves da Rocha Junior

- Pastor da Vineyard Magé – www.vineyardmage.com

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